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Pedra na vesícula: quais são os sintomas e causas?

24/03/2022 Dr. Gerson Luis Medina Prado
Pedra na vesícula: quais são os sintomas e causas?

A pedra na vesícula, ou cálculo biliar, é um problema caracterizado por pequenas “pedras” que se formam dentro da vesícula biliar, um órgão localizado no abdômen. 

A condição pode ser extremamente dolorosa e prejudicar severamente a qualidade de vida do paciente.

Continue lendo o blog e descubra as causas, principais sintomas e o que fazer em caso de suspeita de pedra na vesícula. Vamos juntos?

O que é a pedra na vesícula (cálculo biliar)?

A vesícula biliar é um pequeno órgão do sistema digestivo localizado no abdômen superior direito, logo abaixo do fígado. 

Tem a função de armazenar a bile, uma substância produzida pelo fígado que ajuda na digestão.

Colesterol alto e excesso de sais minerais no organismo, por exemplo, podem causar alterações na fórmula da bile e resultar no surgimento das pedras na vesícula.

Os cálculos biliares podem ter o tamanho de um grão de areia e serem expelidos facilmente, muitas vezes sem serem notados pela pessoa. 

Outros podem ter o tamanho de uma “bola de gude”, causando muita dor e desconforto. 

Além disso, algumas pessoas desenvolvem apenas uma pedra na vesícula, enquanto outras desenvolvem muitos cálculos biliares ao mesmo tempo.

Sinais e sintomas de pedra na vesícula

A pedra na vesícula pode não causar sinais ou sintomas. Mas, quando se aloja na vesícula, o paciente pode sentir muita dor.

Os principais sinais e sintomas são:

  • Dor súbita e intensa na parte superior direita do abdômen, geralmente após refeições;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Cólicas;
  • Dores pontuais nas costas;
  • Inchaço;
  • Dor de cabeça;
  • Febre.

A dor da pedra na vesícula pode durar alguns minutos ou horas.

O que causa a pedra na vesícula?

A bile é um líquido que contém diversas substâncias, como colesterol LDL e sais biliares. Essas substâncias em excesso podem se depositar na vesícula e com o tempo, formarem as pedras ou cálculos.  

Quais são os fatores de risco? 

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento das pedras na vesícula estão relacionados à dieta, enquanto outros fatores envolvem idade, sexo e histórico familiar.

  • Gênero. As mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolver cálculos biliares.
  • Idade. É mais comum após os 40 anos de idade.
  • Obesidade. É um importante fator de risco para pedras na vesícula, especialmente em mulheres.
  • Histórico familiar de cálculos biliares.
  • Perda de peso rápida e acentuada. É bastante frequente em pacientes que se submetem a cirurgia bariátrica. 

Os cálculos biliares podem ser prevenidos?

Os cálculos biliares não podem ser completamente prevenidos. Porém, é possível diminuir os fatores de risco seguindo um estilo de vida saudável. 

É importante manter um peso adequado por meio de alimentação equilibrada e exercícios físicos regulares. 

Também é fundamental monitorar os níveis de colesterol e conversar com seu médico sobre a perda de peso saudável.

Quando buscar ajuda médica?

Se você sentir desconforto e dor na região do abdômen, procure um médico para avaliar seu caso, especialmente se a dor aumentar com o tempo e estiver associada a outros sinais clínicos, como febre, náusea ou vômito. 

A dor no abdômen pode ter diversas causas, por isso, é preciso passar por uma avaliação médica minuciosa para descobrir o que pode estar causando os sintomas.

Se os seus sintomas forem graves, é possível que você seja encaminhado diretamente para um departamento de emergência para avaliação médica imediata.

Como é feito o diagnóstico da pedra na vesícula?

O diagnóstico das pedras na vesícula é feito com base na avaliação clínica do paciente e em exames complementares de imagem e laboratoriais. 

São eles:

  • Ultrassonografia abdominal. É o método de imagem mais usado para diagnosticar os cálculos biliares. O exame usa ondas sonoras de alta frequência para criar imagens do órgão em uma tela, permitindo visualizar a presença das pedras. 
  • Ultrassonografia endoscópica. Permite estudar detalhadamente o colo vesicular e diagnosticar as pedras na vesícula.
  • Tomografia computadorizada do abdômen. Exame de imagem que fornece imagens detalhadas de estruturas internas. Permite a visualização dos cálculos biliares, além de mostrar a presença de infecção ou ruptura da vesícula biliar ou ductos biliares.
  • Ressonância Magnética e Colangiorressonância. Podem acrescentar informações valiosas, não apenas relacionadas à vesícula biliar, mas também de eventuais microcálculos que podem ocupar vias biliares menores e causar sintomas semelhantes.
  • Exame de sangue. Verifica se há sinais de infecção.

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