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Dificuldade para engravidar: 4 causas e o que fazer

17/02/2023 Dr. Gerson Luis Medina Prado
Dificuldade para engravidar: 4 causas e o que fazer

A dificuldade para engravidar pode estar relacionada a diversas alterações e doenças que afetam casais em idade reprodutiva. 

Geralmente, pensamos que a causa da infertilidade está relacionada à mulher, mas também pode haver algum fator masculino desconhecido.

Conheça a seguir as possíveis causas da infertilidade feminina e masculina. Vamos lá?

Causas da dificuldade para engravidar em mulheres

1. Endometriose

A endometriose é uma doença ginecológica inflamatória crônica. É caracterizada pela presença do endométrio — mucosa que reveste o interior do útero — fora da cavidade uterina, em outros órgãos da pelve, como trompas, ovários, intestinos e bexiga.

Os sinais e sintomas de endometriose incluem:

  • Dor na pelve;
  • Cólicas menstruais intensas;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Fluxo menstrual intenso;
  • Alterações intestinais e/ou urinárias durante a menstruação;
  • Dificuldade para engravidar.

Especialistas acreditam que o processo inflamatório e as aderências que a condição provoca estão relacionados à infertilidade em mulheres com endometriose. 

Estima-se que 15% a 45% das mulheres com endometriose apresentam dificuldades para engravidar.

Os exames laboratoriais e de imagem feitos com protocolos específicos e personalizados são importantes ferramentas no processo de diagnóstico da endometriose.

Seu médico pode solicitar: 

  • Exame CA-125 (exame de sangue);

Os exames auxiliam o médico a diagnosticar, graduar e mapear os focos de endometriose, possibilitando definir o tratamento mais adequado em cada caso.

2. Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é ​​um distúrbio hormonal comum em mulheres em idade reprodutiva. Uma em cada 15 mulheres em idade fértil têm a SOP.

A infertilidade é um problema que afeta cerca de 40% das mulheres com SOP.

Um dos sintomas mais comuns da síndrome dos ovários policísticos é a alteração menstrual. Em alguns casos, a menstruação pode ser bastante prolongada e intensa. Outros sinais e sintomas que indicam a presença de SOP são:

  • Acne;
  • Excesso de pelos faciais e corporais (cerca de 75% dos casos);
  • Obesidade (cerca de 60% dos casos);
  • Queda de cabelo;
  • Depressão;
  • Dificuldade para engravidar. 

O diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos é feito com base na avaliação clínica, exames complementares de imagem como a ultrassonografia e exame laboratorial de dosagem hormonal. 

A ultrassonografia é a principal ferramenta para avaliação complementar, sendo útil para descartar outras alterações ginecológicas, além de identificar a doença pela detecção do surgimento de diversos folículos nos ovários.

Mulheres que fazem uso de contraceptivo hormonal oral podem ser orientadas a pausar a ingestão por pelo menos 30 dias para realizar o exame ultrassonográfico. 

3. Miomas uterinos

Miomas uterinos são nódulos benignos (não cancerosos) que geralmente aparecem durante a idade fértil da mulher. 

Os miomas são crescimentos compostos predominantemente por fibras musculares e podem variar de tamanho, aparecendo em qualquer região do útero.

Os sintomas do mioma uterino variam conforme o número de miomas, sua localização e tamanho. 

Por exemplo, os miomas próximos ao endométrio podem causar menstruações irregulares, fluxos intensos, dor pélvica e dificuldade para engravidar.

O diagnóstico do mioma uterino é feito com base nos sintomas relatados pela paciente, no exame ginecológico e exames de imagem complementares de ultrassonografia ou ressonância magnética. 

  • Ultrassonografia transvaginal. O aparelho usa ondas sonoras de alta frequência para criar imagens de alta qualidade do útero em uma tela, em tempo real. Isso permite a análise das estruturas externas e internas do útero, facilitando a detecção dos miomas, seu tamanho e localização. 
  • Ressonância Magnética. O exame produz imagens detalhadas do útero e é usado para complementar o diagnóstico da ultrassonografia, quando necessário.

4. Doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica é uma infecção dos órgãos reprodutivos superiores da mulher: o útero, as trompas de falópio e os ovários.

Geralmente, a DIP é uma complicação causada por uma infecção sexualmente transmissível não tratada. 

Se diagnosticada e tratada precocemente, as complicações da DIP podem ser prevenidas. Uma delas é a infertilidade.

A DIP pode causar danos aos órgãos reprodutivos, gerando a dificuldade ou incapacidade de engravidar. 

Seu médico pode solicitar exames laboratoriais e de imagem para diagnosticar a DIP. 

 Os exames de imagem incluem: 

  • Ultrassonografia pélvica (transabdominal e transvaginal);
  • Tomografia computadorizada de pelve;
  • Ressonância magnética de pelve.

Causas da infertilidade masculina

A dificuldade para engravidar pode estar associada a problemas masculinos. Saiba quais:

  • Inflamação ou infecção nos testículos;
  • Ejaculação retrógrada;
  • Ausência do canal deferente;
  • Alterações hormonais;
  • Uso de certos medicamentos, entre outros.

O que fazer quando se tem dificuldade para engravidar?

Se você identificou a dificuldade para engravidar, procure uma médica(o) ginecologista o quanto antes.

É importante investigar o que está causando o problema para receber um tratamento adequado conforme as suas necessidades. 

Serão realizados um exame físico, exames de diagnóstico por imagem e/ou exames laboratoriais que ajudam na identificação da causa da dificuldade para engravidar.

Como saber se eu sou fértil ou não?

Existem diversos exames que podem verificar a fertilidade feminina. São eles:

  • Dosagem hormonal;
  • Ultrassom transvaginal;
  • Colposcopia;
  • Histerossalpingografia;
  • Histeroscopia, entre outros.

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