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Você já sentiu ardência ou dor ao urinar alguma vez quando foi ao banheiro? Isso pode estar associado a hábitos nocivos do dia a dia ou doenças mais sérias. Caso isso ocorra com certa frequência, considere procurar um especialista.

No texto de hoje, você entenderá um pouco mais sobre esse problema, suas principais causas e os métodos mais eficazes para o diagnóstico. Boa leitura!

Causas de dor ao urinar

1.Cistite

A primeira e mais comum delas é a cistite, infecção da bexiga que acomete principalmente mulheres em idade adulta. 

Não se trata de uma doença contagiosa, já que em 80% dos casos é causada por uma bactéria (a Escherichia coli) que normalmente habita em nosso intestino mas acaba se deslocando para a bexiga. 

A predominância no sexo feminino decorre do menor tamanho da uretra das mulheres em comparação aos homens, tornando maior a probabilidade e facilidade de deslocamento dessas bactérias. 

A ultrassonografia, a tomografia computadorizada com contraste das vias urinárias, exame de urina simples e urocultura podem ser fortes aliados de um médico especialista para o diagnóstico adequado. 

2. Pielonefrite

Enquanto a cistite afeta a parte inferior do sistema urinário (bexiga), no caso da pielonefrite podemos estar falando de um caso de infecção baixa que evoluiu para um quadro mais grave e acabou por afetar um ou ambos os rins. 

Além da queimação ao urinar, alguns dos seus principais sintomas são: febre, náuseas e vômito, dores na lombar, calafrios e vontade constante de urinar. 

Alguns exames laboratoriais utilizados para a confirmação do diagnóstico são o hemograma, exame de urina, urocultura e exames de imagem auxiliares como a ultrassonografia e a tomografia computadorizada.

3.Pedra na bexiga

O cálculo vesical, cistolitíase ou pedra na bexiga é quando há a formação de cristais compostos por sais de cálcio que se acumulam no interior da bexiga, principalmente em pessoas que apresentam problemas na próstata ou disfunções miccionais. 

O que pode acontecer, embora não seja o mais comum, é que as pedras inicialmente formadas nos rins se desloquem através dos ureteres e acabem parando na bexiga. 

Neste caso, os exames de imagem podem ser considerados o principal método de diagnóstico. 

Desde o simples raio-X até o ultrassom, ressonância e tomografia computadorizada, todos eles podem detectar as pedras, a depender de suas dimensões e do local em que se encontram. 

4.Pedras nos rins

O cálculo renal é uma das condições mais comuns relacionadas ao aparelho urinário, e é conhecida principalmente pela intensidade das dores abdominais que causa. 

Quando há pouca ingestão de água no organismo, dietas pouco saudáveis ou outras possíveis causas, acumulam-se substâncias como sais minerais, oxalato de cálcio, cistina e ácido úrico, que então formam pedras. 

Para além dos conhecidos picos de dor e cólicas intensas, outro dos principais sintomas é a ardência ao urinar, podendo ou não ser acompanhada de sangramento, náuseas e vômito. Neste caso, a tomografia computadorizada do abdômen é o exame mais eficaz, podendo também ser utilizados para o diagnóstico o raio-X e a ultrassonografia. 

5.Infecções sexualmente transmissíveis (IST)

A dor ou queimação ao urinar não somente se explica por infecções urinárias ou cálculos: ela também pode estar relacionada a ISTs, como clamídia, gonorreia, herpes e tricomoníase. 

No entanto, para que isso ocorra ela precisa vir acompanhada dos sintomas típicos de cada uma dessas infecções, como dor nas genitais, surgimento de bolhas ou feridas, corrimento vaginal, dor durante as relações sexuais, entre outros. 

Para o diagnóstico, pode ser feito o uso do exame físico, anamnese, testes rápidos e coleta de sangue. 

6.Tumores

Por último, é importante dizer que uma simples dor ao urinar pode sim ocultar algo muito mais sério: um câncer, seja no pênis, no colo do útero ou na bexiga. 

Enquanto o câncer de bexiga tem o tabagismo como principal fator de risco – uma vez que as substâncias cancerígenas passam pelo sistema urinário -, o câncer no pênis normalmente está associado à falta de higiene, às ISTs e ao não-tratamento de condições como a fimose, que evoluem para quadros mais graves. 

Existem múltiplos exames recomendados para o diagnóstico desses tumores, dentre os quais podemos citar: exame de toque, exame de urina, citologia, urografia, ressonância, ultrassonografia e exame físico. 

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