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A endometriose é uma condição complexa e muitas vezes dolorosa que afeta 1 a cada 10 mulheres no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. 

Neste artigo, exploraremos o que é a endometriose, suas causas, sintomas, diagnóstico, complicações associadas e estratégias de tratamento, além de discutir se é possível prevenir essa condição. Acompanhe a leitura!

O que é a endometriose?

A endometriose é uma condição crônica que afeta mulheres, sendo mais comum entre 18 e 45 anos.

Essa condição ocorre quando células do endométrio, o tecido interno do útero responsável pela menstruação, retornam para dentro do organismo e migram para fora do útero, podendo se fixar nos ovários, tubas, bexiga e, até mesmo, intestino.

Essas células endometriais, uma vez fora do útero, voltam a se multiplicar e sangrar, resultando em dor e desconforto para as mulheres afetadas.

Quais são os tipos de endometriose?

A classificação dos tipos de endometriose baseia-se nos órgãos afetados e na profundidade que as células endometriais atingem na região do órgão. Apesar da variedade de tipos, os principais incluem:

• Superficial ou peritoneal: desenvolve-se no peritônio, a camada que reveste a cavidade abdominal. Costuma ser dolorosa, apresentando sangramento durante o período menstrual;
• Ovariana: considerado o tipo menos dolorido, pode afetar superficialmente os ovários ou resultar na formação de cistos de endometriose ovariana;
• Profunda: trata-se da forma mais severa, caracterizada por sintomas mais intensos e sendo mais difícil de tratar. Ocorre quando as células endometriais penetram mais de 5 milímetros na espessura da parede do órgão ou tecido.

Quais são as causas dessa doença?

A endometriose é uma condição complexa e, conforme a literatura médica, não tem uma causa conhecida definida. Entretanto, acredita-se que vários fatores genéticos, hormonais, imunológicos ou ambientais possam aumentar as chances de desenvolver essa doença.

Como identificar os sintomas da endometriose?

Essa condição apresenta uma gama variada de manifestações, e embora a intensidade dos sintomas possa diferir de mulher para mulher, alguns são mais comuns e merecem atenção especial.

Os principais sinais e sintomas da endometriose incluem:

• Alterações intestinais durante o período menstrual;
• Aumento do fluxo menstrual;
• Cólica menstrual intensa, podendo ser incapacitante;
• Desconforto durante a relação sexual;
• Diarreia;
• Distensão abdominal;
• Dor e sangramento ao urinar e evacuar, principalmente durante a menstruação;
• Dor pélvica;
• Fadiga e cansaço;
• Infertilidade, presente em cerca de 40% das mulheres com essa condição.

É importante destacar que o quadro clínico das pacientes com endometriose é altamente variável. Algumas mulheres podem apresentar sintomas leves, enquanto outras podem ser assintomáticas, embora sejam uma parcela menor. 

Leia mais – 6 sintomas de endometriose e o que fazer

O que fazer em caso de suspeita de endometriose?

Diante de suspeitas de endometriose, é crucial buscar ajuda médica imediatamente. Sintomas intensos e dolorosos associados à endometriose podem ter um impacto significativo na vida da mulher.

O diagnóstico precoce possibilita iniciar um tratamento adequado, não apenas aliviando os sintomas, mas também melhorando substancialmente a qualidade de vida da paciente.

Como funciona o diagnóstico?

O diagnóstico da endometriose é um processo abrangente que visa garantir precisão e eficácia.

Inicialmente, o profissional de saúde realiza um exame clínico, físico e ginecológico minucioso, considerando tanto o histórico médico da paciente quanto a análise dos sintomas apresentados.

Como complemento, são frequentemente solicitados exames laboratoriais e exames de imagem, como o ultrassom pélvico e a ressonância magnética.

Entretanto, a confirmação definitiva do diagnóstico muitas vezes requer a realização de uma biópsia. Esse procedimento consiste na coleta de uma pequena amostra de tecido para análise laboratorial.

Veja mais – Ressonância magnética: o que é, para que serve e como funciona

Quais são as complicações associadas?

A endometriose, quando não tratada, pode levar a complicações sérias que demandam atenção especial.

Dentre essas complicações, destacam-se a semi-obstrução intestinal, a dilatação dos ureteres com comprometimento dos rins e o acúmulo de sangue ou ar nos pulmões.

É importante ressaltar que esses casos mais graves são raros, e na grande maioria das vezes, não resultam em situações letais. 

Além das complicações físicas mencionadas, a endometriose também está associada ao aumento das chances de infertilidade. Mulheres não tratadas têm uma probabilidade significativamente maior de enfrentar dificuldades para engravidar.

É possível prevenir a endometriose?

Embora seja impossível prevenir completamente a endometriose, adotar algumas medidas pode ajudar na identificação precoce dos sintomas. Manter consultas regulares ao ginecologista é um passo essencial nesse processo.

Profissionais de saúde especializados podem realizar exames preventivos, avaliar sintomas e, se necessário, encaminhar para investigações mais detalhadas.

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