Esteatose hepática: o que é, causas e diagnóstico
A esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado, é uma condição em ascensão que impacta milhões de pessoas globalmente. No Brasil, estima-se que aproximadamente 18% da população conviva com essa condição.
Neste artigo, vamos explorar o que é a esteatose hepática, suas principais causas, sintomas, métodos de diagnóstico e estratégias para prevenção. Acompanhe!
O que é esteatose hepática?
A esteatose hepática é caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura nas células do fígado.
Em condições normais, o fígado armazena pequenas quantidades de gordura. Contudo, quando esse acúmulo ultrapassa um determinado limiar, a esteatose hepática se desenvolve, comprometendo a função do órgão.
Quais as principais causas da esteatose hepática?
A esteatose hepática pode ser dividida em dois tipos distintos de acordo com suas causas: a esteatose alcoólica e a esteatose não alcoólica.
A esteatose alcoólica é desencadeada pelo consumo excessivo de álcool, seja de forma regular ou esporádica. O álcool, em quantidades elevadas, provoca inflamação e lesões no fígado, culminando no acúmulo de gordura.
Por outro lado, a esteatose não alcoólica está associada a hábitos e estilos de vida pouco saudáveis. Diversos fatores contribuem para seu desenvolvimento, entre eles:
- Colesterol alto;
- Diabetes mellitus tipo 2;
- Gravidez;
- Inflamações crônicas no fígado;
- Má alimentação;
- Perda ou ganho brusco de peso;
- Pressão alta;
- Sobrepeso e obesidade;
- Uso de alguns medicamentos, como corticoides, estrógeno, amiodarona, antirretrovirais, diltiazen e tamoxifeno.
Vale ressaltar que o excesso de peso é um dos principais causadores do desenvolvimento da esteatose hepática não alcoólica. Segundo o Ministério da Saúde, o sobrepeso é responsável por 60% dos casos da doença.
Veja também – Cirrose: sintomas, causas e como diagnosticar
Quais são os fatores de risco da esteatose hepática?
Para compreender plenamente a esteatose hepática, não basta apenas considerar suas causas diretas. Uma série de fatores de risco adicionais merece atenção, por aumentarem substancialmente as chances de desenvolver essa condição.
Os principais incluem:
- Acúmulo de gordura corporal;
- Apneia do sono;
- Doenças metabólicas, no caso de crianças nos primeiros anos de vida;
- Hipotireoidismo;
- Pessoas com sobrepeso, sedentárias e com ingestão regular de álcool;
- Sexo biológico feminino;
- Síndrome do ovário policístico (SOP);
- Síndrome metabólica.
Principais sintomas
A esteatose hepática, especialmente em sua forma leve, muitas vezes se desenvolve de maneira assintomática, tornando-se uma condição silenciosa nos estágios iniciais.
No entanto, à medida que a doença progride, alguns sintomas começam a se manifestar, sinalizando a necessidade de atenção médica. O paciente pode apresentar:
- Aumento do fígado;
- Barriga inchada;
- Cansaço e fadiga;
- Dor de cabeça constante;
- Dor no abdome;
- Perda de apetite.
Já em estágios mais avançados, a inflamação e a fibrose resultam em insuficiência hepática. Nesses casos, os principais sintomas incluem:
- Acúmulo anormal de líquido no abdome;
- Alterações no sono;
- Aumento rápido do volume abdominal;
- Confusão mental;
- Doenças no encéfalo;
- Fadiga;
- Fezes sem cor;
- Hemorragias;
- Icterícia, pele e olhos amarelados;
- Mudanças na coagulação sanguínea;
- Queda no número de plaquetas de sangue.
É importante destacar que muitos pacientes com esteatose hepática permanecem assintomáticos, mesmo em estágios avançados.
Portanto, exames de rotina e consultas médicas regulares desempenham um papel fundamental na identificação precoce e no manejo eficaz dessa condição hepática.
Como funciona o diagnóstico?
O diagnóstico preciso da esteatose hepática envolve uma abordagem integrada, combinando análise dos sintomas, histórico médico do paciente e a realização de exames.
O processo inicia-se com exames físicos e de sangue, com ênfase na verificação dos níveis das enzimas hepáticas.
Para uma análise mais abrangente, exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser solicitados. Esses métodos fornecem imagens detalhadas do fígado, auxiliando na identificação de acúmulos de gordura.
Na grande maioria dos casos, a ultrassonografia é o método mais utilizado para diagnosticar a condição. Outro exame que merece destaque é a elastografia transitória, utilizada para medir a elasticidade do tecido hepático e a quantidade de gordura acumulada.
Na Clínica Lucídio Portella é possível realizar a elastografia hepática por ultrassonografia com a técnica de cisalhamento.
Em situações mais graves ou quando há necessidade de confirmação definitiva, pode ser recomendada a realização de uma biópsia.
Leia mais – Ultrassonografia: para que serve e como é realizada
Como prevenir a esteatose hepática?
Existem diversas medidas essenciais para prevenir o acúmulo de gordura no fígado, bem como para reverter o quadro já instalado, tais como:
- Adotar uma dieta balanceada, rica em fibras, frutas e vegetais e com baixo consumo de gorduras saturadas e carboidratos refinados;
- Controlar o diabetes;
- Evitar ou limitar o consumo de álcool;
- Manter um peso adequado;
- Realizar exercícios físicos regularmente.
Além dessas medidas, é crucial estabelecer um acompanhamento médico regular, especialmente após os 40 anos.
Consultar um médico e realizar exames periódicos permite monitorar o estado da saúde, identificar precocemente possíveis alterações no fígado e implementar intervenções adequadas.
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